Refexão sobre o II Módulo de Formação

A 12 e 13 de Novembro, veio o segundo módulo de formação. Ainda receosos e sem saber bem o que nos esperava, demos início a mais uma jornada. Discutiram-se os resultados do teste, o andamento do trabalho e das pesquisas relativas à criação do portefólio, os receios em relação às replicações e mais alguns contornos deste Cabo das Tormentas que nos sentimos a atravessar. O facto de nos ser pedido, à chegada, que tratássemos da calendarização das replicações com alguma celeridade não contribuiu para acalmar os ânimos.

No entanto, desta feita, os trabalhos pautaram-se por um teor mais prático que agradou, a meu ver, a todos os participantes. Abriu espaço ao diálogo, à partilha de ideias e à discussão dos receios relativos à implementação e avaliação destes aspectos que se distinguem do programa anteriormente em vigor. Esses receios baseiam-se, principalmente no que diz respeito ao conhecimento explícito da língua, na falta de formação e informação relativamente à nova terminologia linguística para o ensino básico e secundário, na qual o novo programa aposta em força. A falta de segurança neste campo traz limitações em relação à criação de materiais que possam auxiliar os nossos alunos. Contamos que este déficit seja colmatado brevemente.

A concepção das competências trabalhadas em oficina surge como uma lufada de ar fresco que consolida o teor processual, de melhoramento e aprofundamento gradual que é fundamento deste programa. No entanto, não se parece coadunar muito com a carga horária da disciplina e ainda residem algumas dúvidas sobre a sua operacionalização.

O que nos leva ao “bico-de-obra” da anualização. Pessoalmente, ainda há um ano - em virtude da junção dos departamentos de línguas do 2º e 3º ciclos da escola em que lecciono – há um ano, dizia, que me estou a tentar habituar a trabalhar as competências e a avaliá-las separadamente. Neste momento, é-me pedido que volte a vê-las como peças de um puzzle da competência linguística. Concordo. Ao trabalhar uma competência, noto a capacidade de aplicação das outras. Faz mais sentido. Mas como concretizar depois essa avaliação sem fazê-la acompanhar das benditas grelhas que me são pedidas a propósito de cada juízo avaliativo sobre os meus alunos? É que as grelhas em vigor neste momento (6, para ser mais precisa), avaliam produtos em percentagem. Preciso, então, de saber fazer grelhas que avaliem o processo. Ainda não sei como. Felizmente, a formação ainda vai a meio.

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