Balanço da 3ª replicação

Decorreu, a 19 de Abril, uma sessão de replicação dos Novos Programas de Português, na Escola EB 2,3 de Capelas, dirigida aos docentes do 1º, 2º e 3º Ciclos. A sessão incidiu sobre as competências da Leitura e do Conhecimento Explícito da Língua.

Primeiramente, foi reproduzido o filme «VideoBiblioteca» facultado no 3º Módulo da formação. O mote foi dado, pois a ideia da Biblioteca associada à leitura é um conceito comummente aceite. A visualização focou a realização de diversas actividades desenvolvidas “a partir” da leitura.

Neste seguimento, partimos da exploração de uma frase de um aluno, sitiada na internet («Se Deus inventou a televisão, para que é que temos de ler livros?»), para nos reportamos à falta de interesse que, de um modo geral, os alunos manifestam em relação à leitura. Como tal, discutimos o papel da leitura no Novo programa de Português, partindo das dificuldades manifestadas pelos alunos na leitura, como demonstram os resultados do P.I.S.A.

A apresentação incidiu sobre os processos de leitura, dando ênfase ao reconhecimento de palavras (processos perceptivos e lexicais) e à construção de significados (micro-processos e processos integrativos). O leitor, o texto, o contexto e o “querer ler” foram referidos como factores indispensáveis à condição de leitura, realçando-se se a importância do papel do professor na promoção de experiências gratificantes. Clarificaram-se os conceitos de pré-leitura, leitura e pós-leitura, enquanto etapas fundamentais do processo.

Foram referidas, a título de exemplo, várias estratégias de apoio para a leitura, não esquecendo o processo de antecipação, questionamento e recapitulação que envolve a leitura. Enumeraram-se, ainda, os resultados esperados no 1º, 2º e 3º Ciclos, em relação à competência da leitura.

Os docentes apresentaram dúvidas e manifestaram a sua opinião, relativamente ao modo como a competência da leitura tem sido abordada.

Foi tratada, ainda, nesta sessão, a competência do Conhecimento Explícito da Língua referenciada como uma competência facilitadora do domínio do Português padrão. Tal passa por uma maior consciencialização do grau de desenvolvimento linguístico dos alunos; pelo investimento num ensino da língua que capitalize as regularidades; pela orientação do estudo da gramática em dimensões para além da mera correcção do erro e pela própria concepção do C.E.L., enquanto competência nuclear.

O Conhecimento Explícito da Língua permite o «domínio de estruturas linguísticas de desenvolvimento tardio (as que não se adquirem intuitivamente antes do 1º ano), facilita o aperfeiçoamento e diversificação através de actividades de consciencialização e sistematização e desenvolve competências de estudo. Facilita a aprendizagem de línguas estrangeiras, desenvolve a autoconfiança linguística dos alunos e a tolerância cultural e linguística, potencia o desenvolvimento cognitivo: método científico, pensamento analítico, aperfeiçoamento e sistematização.»

Na mesma sessão foi abordada e discutida a ideia do «Laboratório Gramatical», insistindo no papel activo do ensino pela descoberta, orientado, rigorosamente, pelo professor.

A sessão foi, por último, orientada, para os conceitos de anualização e sequência didáctica, prevendo-se duas sessões de trabalho prático sobre as mesmas.

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